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MEMÓRIA

"A memória, na qual cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir ao presente e ao futuro. Devemos trabalhar de forma que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens."

Reflexões - Ru Aisó

Reflexões - Ru Aisó
"Sabido: os negros, as senzalas, o candomblé e a capoeira não eram e nem viviam separados. Até porque esta era a realidade.” - Ru Aisó.

#FIQUEEMCASA & ELIMINE O AEDES AEGYPTI ( #ARBOVIROSES)

#FIQUEEMCASA & ELIMINE O AEDES AEGYPTI ( #ARBOVIROSES)
"Apesar de serem três doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, a #dengue, a #zika e a #chikungunya possuem algumas diferenças clínicas na manifestação dos sintomas. Confira os comparativos na tabela e aprenda a diferenciar os principais sinais das patologias."

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

2 de dezembro - Dia Nacional do Samba

 O Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, é uma data dedicada a homenagear um dos gêneros musicais mais emblemáticos e representativos da cultura brasileira. Instituído oficialmente em 1963, o dia celebra a importância do samba como manifestação artística, social e histórica.

O samba ganhou notoriedade nos morros cariocas no início do século XX e, desde então, passou a influenciar diversas outras manifestações culturais, como o carnaval, que o levou aos palcos mundiais. Gêneros como o samba-enredo, samba de roda e pagode derivam do estilo original e enriquecem sua diversidade.

O Dia do Samba é marcado por rodas de samba, eventos culturais e festas por todo o país, em especial no Bahia e Rio de Janeiro, reafirmando o papel do samba como patrimônio imaterial do Brasil e sua relevância no cenário cultural global.

Na Bahia, o samba possui uma grande importância histórica e cultural: o samba de roda. Reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2005, o samba de roda é uma das expressões mais autênticas da cultura afro-brasileira e tem suas raízes profundamente ligadas às tradições dos povos africanos trazidos ao Brasil durante o período escravocrata.

O samba de roda surgiu no Recôncavo Baiano e é marcado por uma combinação de música, dança e religiosidade. Ele incorpora instrumentos de percussão como o atabaque, pandeiro e berimbau, além do violão e da viola. Suas letras geralmente tratam de temas do cotidiano, da natureza e das vivências comunitárias, enquanto os movimentos da dança são caracterizados por giros e passos marcados, muitas vezes em torno de uma roda, o que fortalece o espírito de coletividade.

Além de sua função festiva, o samba de roda desempenhou um papel fundamental na preservação das tradições africanas, funcionando como uma forma de resistência cultural e integração social. Foi também um precursor do samba urbano que se desenvolveu no Rio de Janeiro no início do século XX.

Na Bahia, o Dia Nacional do Samba é celebrado com grande entusiasmo, especialmente em Salvador e no Recôncavo, com rodas de samba, apresentações culturais e eventos que ressaltam a força e a beleza dessa vertente singular do samba brasileiro.

Sim, o samba tem suas raízes na Bahia, especialmente no Recôncavo Baiano e na Bahia, o samba de roda é considerado uma das manifestações culturais mais antigas e fundamentais para o surgimento do samba urbano. Essa forma de samba, que mistura dança, canto e percussão, nasceu da fusão de tradições africanas com elementos da cultura portuguesa e indígena, especialmente no contexto das comunidades negras no período colonial.

Com o fluxo migratório de baianos para o Rio de Janeiro, principalmente no final do século XIX e início do XX, essas tradições foram levadas para os bairros cariocas, onde ganharam novas características. Em 1917, a gravação de "Pelo Telefone", atribuída a Donga e Mauro de Almeida, é frequentemente considerada o marco inaugural do samba como gênero musical urbano.

Embora o samba moderno tenha se popularizado no Rio de Janeiro (grande meios de comunicação no local ajudou e favoreceu o samba no Rio, mas a Bahia é amplamente reconhecida como o berço do samba em sua essência, onde tradições como o samba de roda, os terreiros de candomblé e as rodas de capoeira formaram as bases rítmicas e culturais que deram origem ao gênero. Dessa forma, o samba carrega uma forte conexão com a ancestralidade e a resistência cultural da população negra, especialmente a baiana.

O baiano Hilário Jovino Ferreira foi um dos responsáveis por levar a tradição dos blocos carnavalescos para o Rio de Janeiro. Nascido na Bahia em 1855, ele chegou ao Rio no final do século XIX, trazendo consigo elementos da cultura baiana que influenciariam profundamente o carnaval carioca.

Hilário Jovino é conhecido como um dos fundadores dos primeiros ranchos carnavalescos, que eram grupos organizados de foliões que desfilavam durante o carnaval, acompanhados de música, dança e fantasias. Esses ranchos, inicialmente inspirados nas tradições das festas de reis da Bahia, representavam uma alternativa mais estruturada às manifestações carnavalescas populares da época, como o entrudo. Ele fundou ranchos importantes como o "Rei de Ouros" e "Macaco é Outro", que contribuíram para o desenvolvimento da estética e da organização do carnaval no Rio.

Além de sua contribuição para o carnaval, Hilário Jovino foi um pioneiro na valorização da cultura afro-brasileira, tendo também participação nas rodas de samba e em outras expressões culturais que ajudaram a consolidar o samba como um gênero musical urbano no Rio de Janeiro.

Sua influência é reconhecida como um elo entre as tradições culturais baianas e a construção de uma identidade carnavalesca carioca, que mais tarde se tornaria mundialmente famosa.

A baiana Tia Ciata, cujo nome verdadeiro era Hilária Batista de Almeida, foi uma figura central na história do samba e da cultura afro-brasileira. Nascida em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, em 1854, ela migrou para o Rio de Janeiro ainda jovem e se estabeleceu na região da Praça Onze, conhecida como "Pequena África", um reduto de resistência cultural das comunidades negras.

Tia Ciata era uma tiazinha de terreiro, sacerdotisa do candomblé, e sua casa tornou-se um ponto de encontro fundamental para a comunidade afro-brasileira. Ali, realizava festas, rodas de samba e cultos religiosos, além de servir sua famosa comida baiana. Sua residência era frequentada por músicos, sambistas, compositores e personalidades como Donga, Pixinguinha e João da Baiana, que encontraram ali um espaço seguro para preservar e inovar suas tradições culturais.

A primeira música registrada como samba, "Pelo Telefone", atribuída a Donga e Mauro de Almeida, teria surgido durante uma dessas rodas de samba na casa de Tia Ciata, por volta de 1916. Embora o samba já existisse como manifestação cultural, a casa de Tia Ciata foi um catalisador para sua transição de expressão comunitária para um gênero musical reconhecido nacionalmente.

Tia Ciata é considerada uma matriarca do samba e um símbolo da resistência e preservação das tradições culturais afro-brasileiras. Seu legado permanece vivo, sendo reverenciado especialmente no Dia Nacional do Samba.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Evento voltado para o mês da Consciência Negra SENAI CIMATEC - Salvador / Camaçari - BA

Ficou sabendo, Camaradinho e Camaradinha?

Investir tempo na sua capacitação é crucial para ter plano A, B e C e estruturar sua carreira para toda a vida.

Os estudantes e colaboradores do CIMATEC poderão participar de uma série de atividades realizadas no auditório da sede da instituição, no bairro de Piatã, em Salvador, e no CIMATEC Park, em Camaçari.

Com o tema “Cores Negras: Celebrando a Ancestralidade, Debatendo o Presente e Construindo um Futuro de Equidade e Inclusão”, o evento conta com palestras, cursos, workshops e feira de empreendedores, que visam aprofundar a discussão sobre a diversidade e promover um ambiente inclusivo na instituição.

Imagem: Portal Cimatec Bahia

Ainda está acontecendo:

22/11: Workshop: Beleza Melanina – Técnicas de maquiagem negras e retintas
Horário: 15:00 às 16:30
Local: Auditório 03 – Cimatec 2, 2º Andar

25/11: Palestras Videos Peles Negras – Exibição de Videos e abordagem dos temas
Horário: 14:00 às s16:00
Local: Sala 13 e 14

27/11: Arrastão do Axé – Davi Araujo;
Workshop Ecos Ancestrais, vivência com atabaque – Davi Araujo
Horário: 09:00 às 10:30
Local: Cimatec Park

27/11: Feira de Empreendedores
Horário: 11:00 às 16:00
Local: Cimatec 3: Pavilhão de Eventos

27/11: Arrastão do Axé – Davi Araujo;
Workshop Ecos Ancestrais, vivencia com atabaque – Davi Araujo
Horário: 14:00 às 16:00
Local: Cimatec 3: Pavilhão de Eventos

Saiba mais: https://www.senaicimatec.com.br/noticias/senai-cimatec-promove-evento-voltado-para-o-mes-da-consciencia-negra/


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Feriado: 20 de Novembro | Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no Brasil

 A Importância do Dia da Consciência Negra no Brasil: Reflexão, História e Luta



"O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Concebido em 1971, foi formalizado nacionalmente em 2003, como uma efeméride no calendário escolar, até ser instituído como data comemorativa em 2011. Foi oficializado feriado nacional em 21 de dezembro de 2023." [Wikipédia, 2023]

O dia 20 de Novembro carrega um significado profundo para o Brasil. Marcado como o Dia da Consciência Negra, essa data vai além de ser apenas mais um feriado no calendário. É um momento dedicado à memória, à reflexão e à celebração da cultura e da resistência negra. Mas por que essa data é tão importante?

"É repetitivo!! As agressões, as injúrias, formas de assassinatos e violências contra os negros/pretos... Um ciclo viral dos séculos, existe realmente cura? Há pessoas famosas falando que temos que falar sobre a consciência humana, dai não precisaremos mais abordar sobre a consciência negra, utopia!" - [Ru Aisó, 2020]


É, de fato uma data educativa como a dos povos originários no Brasil (19 de abril), mas também é uma momento de reflexão para a inclusão nos espaços subtraídos ao longos dos séculos. É preciso ocupar os espaços de lideranças em todos os ambientes construtivos desse país um ajudando ao outro como pode, afinal não há reparação real que consiga suprir toda dor que o racismo tem causado no Brasil e além. 

Em um país miscigenado, ter racista é quase uma piada pronta, mas temos... Aqui pardos e mestiços se acham brancos (psicológicos) por algum e qualquer poder (econômico/financeiro/herança, político, farda e intelectual) que seja.

Primeiramente, é preciso lembrar que o 20 de novembro foi escolhido para homenagear Zumbi dos Palmares, uma figura histórica que representa a luta contra a escravidão e a busca por liberdade. Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, uma comunidade formada por escravizados que fugiram da opressão colonial. Ele simboliza a resistência, a coragem e o desejo de justiça de um povo que, mesmo em face de adversidades extremas, nunca deixou de lutar.

No entanto, o Dia da Consciência Negra não é apenas sobre relembrar o passado. É também uma oportunidade para refletir sobre o presente. Apesar de séculos terem se passado desde a abolição da escravidão no Brasil, o racismo estrutural ainda é uma realidade que afeta profundamente a vida da população negra. As desigualdades sociais, econômicas e educacionais continuam sendo um desafio. Por isso, o 20 de novembro é um convite para que todos, independentemente de sua origem, reflitam sobre o que podem fazer para promover uma sociedade mais justa e inclusiva.


Além disso, essa data também celebra a rica herança cultural afro-brasileira. É impossível falar sobre o Brasil sem destacar a influência da população negra em praticamente todos os aspectos da nossa identidade: da música ao samba, da culinária ao acarajé, das religiões de matriz africana às danças tradicionais. O Dia da Consciência Negra é, portanto, uma chance de exaltar e valorizar essas contribuições que moldaram o Brasil que conhecemos hoje.


Outro ponto essencial é que o 20 de novembro nos lembra da importância da educação e da conscientização. Muitas escolas e organizações aproveitam a data para promover debates, palestras e eventos culturais. São ações que ajudam a desconstruir preconceitos, disseminar conhecimento e incentivar o respeito às diferenças.


Por fim, o Dia da Consciência Negra também reforça a luta contínua por igualdade e dignidade. É uma data para se inspirar em Zumbi e em tantos outros líderes negros que abriram caminhos, enfrentaram o preconceito e lutaram por um futuro melhor. É um chamado à ação, para que possamos combater o racismo em todas as suas formas e construir um país onde todos tenham as mesmas oportunidades.


Portanto, o 20 de Novembro é muito mais do que um feriado. É um dia de memória, celebração e, sobretudo, compromisso. É o momento de reconhecer as injustiças do passado, enfrentar os desafios do presente e trabalhar juntos por um futuro onde a igualdade não seja apenas uma ideia, mas uma realidade concreta. Que essa data continue sendo um símbolo de luta e esperança para todos nós.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Salvador Acontece - Oficinas de Reabertura da ABCA | Evento "AQUI TÁ BOM" - Pelourinho - Salvador / BA

Evento ‘AQUI TÁ BOM’ – Reabertura da ABCA | A Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA) tem o prazer de convidar a todos para o evento de reabertura!


Calendário ABCA

15 de Novembro
19h - Roda de Capoeira

16 de Novembro (Oficinas)
10h e 15h - Movimentos de Capoeira Angola;
16h - Canto;
17h - Movimentos e Cantos.

🫴
Contribuição: 1 kg de alimento
📍
Inscrições na ABCA | Organização: Mestra Lene

Onde fica? 
Rua Maciel de Baixo 38, Pelourinho - Salvador, BA, Brasil










Participe e esteja presente nesse belo evento na ABCA.
Indique para seus camaradinhos e camaradinhas.

Igreja do Rosário dos Pretos no Pelourinho | Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Salvador) - Bahia

Igreja do Rosário dos Pretos no Pelourinho

Igreja do Rosário dos Pretos - Pelourinho - Salvador   Bahia


A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, localizada no Pelourinho, em Salvador, é um dos mais importantes marcos históricos e culturais do Brasil. Construída no século XVIII, a igreja é um símbolo da resistência e da fé da população afrodescendente, especialmente dos escravizados, que buscavam um espaço próprio para manifestar sua religiosidade.


História e Significado

"A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Salvador foi formalmente constituída em 1685, foi uma das primeiras irmandades negras do Brasil, sendo antecedida somente pelas de Olinda (meados do século XVI), Recife (1654), Rio de Janeiro (meados do século XVII) e Belém do Pará (1682). A irmandade foi elevada à Ordem Terceira em julho de 1899. As irmandades de negros começavam reunindo-se nos altares laterais de igrejas matrizes ou conventuais, mas em 1704 a do Rosário reuniu o dinheiro necessário e recebeu a permissão do arcebispo D. Sebastião Monteiro de Vide para a construção de uma igreja própria nas Portas do Carmo. O nome se refere à existência na zona de uma das portas da cidade fortificada, por onde saía o caminho (atualmente a ladeira do Pelourinho) até o Convento do Carmo. Na zona também estava localizado o Quartel do Carmo, onde se alojavam os soldados que defendiam essa entrada da cidade." - [Wikipédia, 2023]


A construção da igreja teve início em 1704, promovida pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Essa irmandade foi formada por negros escravizados e libertos, que não eram aceitos nas igrejas frequentadas pelos brancos. A igreja, portanto, serviu como um espaço de acolhimento, onde a cultura e a espiritualidade africanas podiam ser integradas à liturgia católica.


"IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja do Rosário dos Pretos
Outros Nomes: Igreja do Rosário dos Pretos do Pelourinho; Igreja do Rosário; Igreja do Rosário da Baixa dos Sapateiros; Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Portas do Carmo
Localização: Praça José de Alencar – Salvador – BA
Número do Processo: 122-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 129, de 17/06/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/1985, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN." - iPatrimonio.org


Arquitetura

A igreja segue o estilo barroco, característico da época, mas com toques mais simples, já que foi erguida com os recursos limitados dos seus fundadores. O interior é adornado com altares em talha dourada e imagens sacras, incluindo uma representação de Nossa Senhora do Rosário. Um aspecto notável é que muitos dos santos venerados ali têm forte identificação com as tradições africanas, estabelecendo uma relação simbólica com orixás do candomblé.


Sincretismo Religioso

O sincretismo religioso é uma característica marcante dessa igreja. Embora dedicada à Nossa Senhora do Rosário, a celebração de festas como a de Santa Bárbara (associada a Iansã no candomblé) e São Benedito reflete a fusão entre o catolicismo e as religiões de matriz africana, mostrando a resistência cultural dos afrodescendentes em manter suas tradições vivas sob condições de opressão.


Patrimônio Histórico

A Igreja do Rosário dos Pretos foi tombada como Patrimônio Histórico pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Está inserida no coração do Pelourinho, que é reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Sua preservação é essencial não só por seu valor arquitetônico, mas também por seu significado na luta pela identidade e pelos direitos dos afro-brasileiros.


Atividades Culturais e Religiosas

Hoje, a igreja é um espaço ativo de celebrações e eventos culturais. Missas afro, que integram cânticos e ritmos de origem africana, são celebradas regularmente, atraindo tanto fiéis quanto turistas interessados em vivenciar essa rica manifestação cultural. A Festa de Nossa Senhora do Rosário, realizada em outubro, é um dos destaques do calendário local.


Importância Atual



A Igreja do Rosário dos Pretos continua a ser um símbolo de resistência, fé e preservação cultural. É um lembrete poderoso da contribuição africana para a formação da identidade brasileira e uma homenagem à força de um povo que, mesmo diante das adversidades, encontrou meios de afirmar sua fé e cultura.


Referências

WIKIPÉDIA, Enciclopedia Livre - Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Salvador) -  - Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Ros%C3%A1rio_dos_Pretos_(Salvador)>

IPATRIMONIO, Blog - Igreja do Rosário dos Pretos - Salvador - Disponível em: <https://www.ipatrimonio.org/salvador-igreja-do-rosario-dos-pretos/#!/map=38329&loc=-12.971109000000004,-38.508066,17>

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Capoeira na Bahia - Regulamentação Lei Moa do Katendê (Acontecendo | Novembro 2024)

 Acontecendo


"Jerônimo assina regulamentação da Lei Moa do Katendé e inicia programa Capoeira nas Escolas


O governador Jerônimo Rodrigues assina, nesta terça-feira (5), às 14h30, o decreto que regulamenta a Lei nº 14.341, conhecida como Lei Moa do Katendê” durante lançamento das ações do Novembro Negro, no Colégio Estadual de Tempo Integral Zumbi dos Palmares, no bairro Tancredo Neves. Na solenidade, o governador também vai dar início ao programa Capoeira nas Escolas."

Fonte: https://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/nesta-terca-5-jeronimo-assina-regulamentacao-da-lei-moa-do-katende-e-inicia-programa-capoei

...

"LEI MOA DO KATENDÊ

Na mesma sessão, foi abordado o lançamento do programa Capoeira nas Escolas, que marca a regulamentação da Lei Moa do Katendê (Lei Estadual nº 14.341/2021). A regulamentação foi assinada na tarde desta terça-feira, no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, em Salvador, pelo governador Jerônimo Rodrigues, representando um marco para a valorização da capoeira na Bahia."
Fonte: https://www.al.ba.gov.br/midia-center/noticias/63156

Encontros e Festivais Imperdíveis de Capoeira: Celebre a Cultura Brasileira em Grandes Eventos pelo Brasil

Aqui estão alguns eventos de capoeira populares no Brasil e internacionalmente para você saber, onde praticantes e admiradores se reúnem para rodas, treinamentos, apresentações e debates sobre a cultura e a história da capoeira:

O Dobrão Online


1. Encontro Internacional de Capoeira (Salvador, BA)  

   Um dos eventos mais reconhecidos no mundo da capoeira, realizado em Salvador, cidade considerada o berço dessa arte. O encontro reúne mestres e capoeiristas de várias partes do mundo para workshops, rodas de capoeira e debates sobre a tradição e a evolução da capoeira.


2. FICA – Festival Internacional de Capoeira Angola (Bahia e outras regiões)  

   Organizado pela Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA), esse festival celebra a capoeira angola e suas tradições. O evento ocorre em diferentes localidades, mas Bahia é um ponto tradicional. O festival inclui rodas, oficinas de capoeira angola, palestras e discussões sobre o legado de Mestres como Pastinha.


3. Jogos Mundiais de Capoeira (São Paulo, SP)  

   Esse evento, realizado pela Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), acontece em São Paulo e atrai capoeiristas de diversos países. Além das rodas, há competições, aulas e atividades para diferentes níveis, promovendo um intercâmbio cultural entre praticantes de várias origens.


4. Encontro de Capoeira Muzenza (Rio de Janeiro, RJ)  

   Organizado pelo Grupo Muzenza, um dos grupos mais tradicionais de capoeira, o evento no Rio de Janeiro conta com diversas atividades, incluindo rodas de capoeira, batizados e troca de cordas, e é uma oportunidade para iniciantes e avançados interagirem com mestres e praticantes de longa data.


5. Festival de Capoeira do Grupo Cordão de Ouro (São Paulo, SP e outros países)  

   O Grupo Cordão de Ouro organiza um dos festivais mais conhecidos, com edições em São Paulo e em várias partes do mundo. O festival inclui treinos, rodas, workshops, e é um dos eventos mais procurados tanto por brasileiros quanto por estrangeiros interessados na capoeira.


6. Batizado de Capoeira do Grupo Abadá-Capoeira (Várias cidades do Brasil)  

   O Grupo Abadá-Capoeira realiza batizados em várias cidades, e esses eventos geralmente atraem um grande público. São cerimônias de graduação para alunos, acompanhadas de rodas de capoeira e workshops, proporcionando um ambiente de celebração e aprendizado.


7. Capoeirando – Festival de Capoeira (Ilhéus, BA)  

   Esse evento é promovido pelo Mestre Suassuna e acontece em Ilhéus, Bahia, atraindo capoeiristas de todo o mundo. É um evento de imersão na capoeira, com rodas, aulas, apresentações culturais e palestras sobre a importância histórica e cultural da capoeira.


8. Festival Internacional de Capoeira Arte Nossa (Brasília, DF)  

   Organizado pelo Grupo Arte Nossa, esse evento reúne capoeiristas nacionais e internacionais em Brasília, com atividades que incluem rodas de capoeira, oficinas de dança afro, música e bate-papos sobre a cultura afro-brasileira.


9. Meeting of Capoeira in Caxias (Caxias do Sul, RS)  

   Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, este encontro reúne capoeiristas e mestres, com oficinas, rodas e uma programação diversificada para discutir e celebrar a capoeira.


10. Festival de Capoeira do Grupo Ginga Mundo (Salvador, BA)  

    Realizado em Salvador, esse evento atrai capoeiristas de diversas partes do mundo. Ele conta com rodas, oficinas e atividades culturais que celebram a capoeira e a cultura afro-brasileira.


Esses eventos são momentos importantes para praticantes e admiradores se conectarem com a cultura e o movimento da capoeira, promovendo sua disseminação e fortalecimento no Brasil e no exterior.

Capoeira e Cinema: Filmes Imperdíveis para Honrar o Dia do Cinema | Cine Capoeira

O Dia do Cinema é comemorado em 5 de novembro, uma data que homenageia a arte cinematográfica e a contribuição dos filmes na construção de cultura, identidade e conhecimento ao redor do mundo. No Brasil, o cinema tem um papel especial, não só pela produção de obras aclamadas internacionalmente, mas também por sua habilidade em refletir a rica diversidade cultural do país. Uma das expressões culturais que o cinema brasileiro valoriza em algumas de suas obras é a capoeira, uma arte que mistura luta, dança e música, carregada de história e identidade afro-brasileira.



Capoeira no Cinema: Um Mergulho na Cultura Afro-Brasileira





A capoeira é mais do que uma forma de arte; é uma expressão de resistência, liberdade e identidade. Originada entre os escravizados africanos no Brasil, a capoeira foi desenvolvida como uma forma de resistência e identidade cultural. Com o tempo, ela passou a ser reconhecida como um elemento fundamental da cultura brasileira, tornando-se um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2014. E o cinema, como uma poderosa ferramenta de narrativa, tem explorado a capoeira em filmes que revelam tanto sua beleza quanto sua profundidade histórica.


Para celebrar o Dia do Cinema e mergulhar na riqueza da cultura brasileira, aqui estão alguns filmes que exploram a capoeira, seus fundamentos e o impacto dessa arte na vida das pessoas. Estes filmes ajudam a preservar e disseminar essa herança cultural, mostrando ao público nacional e internacional o valor histórico e social da capoeira.

1. Besouro (2009)

Dirigido por João Daniel Tikhomiroff, *Besouro* é um filme que captura a essência da capoeira como uma arte de resistência e luta. Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Besouro Mangangá, um lendário capoeirista da Bahia, famoso por sua habilidade e destemor na defesa da população negra contra a opressão. A narrativa acontece nos anos 1920, em um período pós-abolição da escravidão, mas ainda marcado por desigualdade e racismo.

Besouro é retratado como um herói mítico, imbuído de poderes espirituais e uma força sobrenatural que o permite lutar contra a injustiça. Com impressionantes sequências de luta coreografadas pelo renomado coreógrafo Huan-Chiu Ku, o filme mergulha na mitologia que cerca a capoeira e os orixás, criando uma experiência cinematográfica rica em simbolismo e visualmente deslumbrante. *Besouro* é uma obra de ficção que vai além da simples representação de movimentos, explorando as raízes culturais e espirituais da capoeira.


2. Pastinha, uma Vida pela Capoeira (2006)


Esse documentário dirigido por Tonho Salles é uma homenagem ao Mestre Pastinha, um dos maiores ícones da capoeira angola, uma das vertentes mais tradicionais da capoeira. *Pastinha, uma Vida pela Capoeira* apresenta a biografia do mestre e sua contribuição para preservar a capoeira angola como uma prática cultural e filosófica.

O documentário conta com entrevistas de diversos mestres e praticantes, que discutem o impacto e a importância de Mestre Pastinha na valorização da capoeira. Além disso, o filme explora a filosofia da capoeira angola, mostrando como ela vai muito além de uma arte marcial, sendo uma expressão de sabedoria e um reflexo da história de resistência negra no Brasil. Este documentário é ideal para aqueles que buscam compreender a capoeira em sua essência e a filosofia que a sustenta.

3. Capoeira – Um Passo a Mais na Luta (2006)

Capoeira – Um Passo a Mais na Luta é um documentário dirigido por Walter Salles Jr. que explora o papel da capoeira na sociedade moderna e como ela vem sendo preservada e disseminada. O filme apresenta depoimentos de mestres de capoeira, praticantes e pesquisadores, que discutem a importância cultural e histórica da capoeira e seu impacto na identidade nacional.


O documentário destaca o processo de reconhecimento da capoeira como um símbolo da cultura afro-brasileira e a luta para manter viva essa tradição, especialmente em um mundo cada vez mais globalizado. Esse filme é uma reflexão sobre a preservação da cultura e como a capoeira tem sido usada como uma ferramenta de educação e inclusão social, ajudando jovens a construir uma identidade e se afastar da criminalidade.


4. Mandinga em Manhattan (2004)


Dirigido por Lázaro Faria, *Mandinga em Manhattan* é um documentário que segue a trajetória de Mestre Jelon Vieira, um dos pioneiros da capoeira nos Estados Unidos. Mestre Jelon foi um dos primeiros a levar a capoeira para o exterior, espalhando essa arte marcial e cultural para além das fronteiras brasileiras.


O documentário acompanha Mestre Jelon enquanto ele ensina capoeira em Nova York, revelando como a arte é recebida por diferentes culturas e como ela se transforma ao ser praticada em um contexto estrangeiro. *Mandinga em Manhattan* aborda a adaptação cultural e a resistência da capoeira em uma metrópole moderna, ao mesmo tempo em que reflete sobre a diáspora africana e o impacto da capoeira como uma forma de fortalecimento identitário para afrodescendentes em todo o mundo.

5. Mestre Bimba: A Capoeira Iluminada (2005)


Esse documentário é dirigido por Luiz Fernando Goulart e conta a história de Mestre Bimba, o criador da capoeira regional, uma forma mais atlética e disciplinada da capoeira que ajudou a popularizar essa arte pelo Brasil. *Mestre Bimba: A Capoeira Iluminada* narra a vida de Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, e seu papel essencial na transformação da capoeira em uma prática mais organizada e aceita socialmente.

A partir dos anos 1930, Bimba fundou a primeira academia de capoeira e trabalhou para que a prática fosse reconhecida como legítima e respeitável. O filme conta com imagens de arquivo e depoimentos de seus alunos, que revelam a importância de Mestre Bimba para a capoeira como a conhecemos hoje. Este documentário é essencial para aqueles que querem conhecer a origem da capoeira regional e o legado de Mestre Bimba.


A Capoeira no Cinema: Mais do que um Esporte, Filosofia de Vida é Dança e Luta.


A capoeira no cinema não é retratada apenas como uma luta ou esporte, mas como uma filosofia de vida e uma prática cultural que incorpora elementos de dança, música, resistência e espiritualidade. Esses filmes e documentários não só celebram essa arte, mas também oferecem uma visão mais profunda sobre suas origens e seu significado para a identidade brasileira.

Além disso, ao apresentar a capoeira para audiências internacionais, o cinema contribui para o reconhecimento global da cultura afro-brasileira e suas complexas camadas de história e tradição. Cada obra mencionada destaca aspectos únicos da capoeira, seja sua raiz espiritual e mística, sua disciplina e força física, ou seu papel na inclusão social e construção de identidade.

A Importância do Cinema para a Valorização da Capoeira

O cinema é uma ferramenta poderosa para disseminar cultura e preservar histórias. Ao retratar a capoeira, ele não só educa o público sobre essa prática única, mas também fortalece o reconhecimento da herança afro-brasileira. Para os praticantes e simpatizantes da capoeira, assistir a esses filmes no Dia do Cinema é uma oportunidade para refletir sobre a luta dos ancestrais e o valor dessa arte para as gerações futuras.

O Dia do Cinema, portanto, é um convite para apreciar essas produções e entender a capoeira como um patrimônio imaterial do Brasil, que se estende muito além das rodas e academias, se conectando com a identidade e a história brasileira.

sábado, 2 de novembro de 2024

Capoeirista Idoso assassinato pela Policia Civil em Casa em Lauro de Freitas - BA

 Negros apagados... Vozes não ouvidas... Vozes sem chances....

Capoeirista José Jorge dos Santos, de 64 anos, mais conhecido como Mestre Barriga.

"Capoeirista idoso é morto a tiros por policial civil em Lauro de Freitas - Bahia

Familiares da vítima contam que ele estava dentro da casa da mãe (90 anos), dona Maria Angélica, quando foi morto." - Aratu, 2024


Quando alguém faz algo de errado, é conduzido as investigações e depois se consumado o crime, é feito a prisão, mas... Nesse caso, há muitas falhas... Até porque se fosse em um bairro de elite soteropolitana, o Mestre fosse branco e rico, claro que isso não teria acontecido. Jamais! E pior ele nem era o procurado pela PC/BA de fato, era o irmão... Erro irreparável... Nenhuma indenização irá apagar isso, mas a família precisa ser indenizada, sim pelo Estado.

As vozes negras nunca têm vez nessas horas.
Qualquer coisa pode ser dita pelos agentes policiais.
Mas pelo narrado até então, busca e apreensão cheio de falhas.
O fato de ter parentes envolvidos com coisas erradas não dá o direito dessa letalidade sem sentido.
"Ainda de acordo com a sobrinha de José Jorge (Mestre Barriga), os policiais alegaram que tinham mandado de prisão para o irmão dele, outro tio dela, mas que não residia no local. No entanto, não havia ordem para nenhuma das pessoas que estavam naquela residência. O namorado da prima, inclusive, foi conduzido pelos agentes e preso, sendo liberado posteriormente." (A Tarde, 2024)

Onde estão as câmeras nessas horas?

Imagem: Jornal Correio


O Mestre deixa filhos, familiares/parentes/alunos e amigos, mas para a sociedade ele é só um número negro que se foi, porém para seus entes queridos, não. Foi-se uma história, um pai, um filho, um Mestre de Capoeira, um legado e um ser humano.

"Alguma coisa / Está fora da ordem/ Fora da nova ordem / Mundial" - Caetano Veloso

Se em determinado momento, ele, o mestre estivesse envolvido em algum crime, ele teria que ter a oportunidade de ser julgado e o direito de se defender na justiça, e não na base da letalidade sem regras e sem lei. E se esse modelo de letalidade continuar, quem irá nos salvar? Quem? É preciso parar de brincar com a vida das pessoas dessa forma, banalizando a letalidade... Voltamos a estaca zero... Terra sem leis....

"Qual o papel da câmera no uniforme de policiais? Veja o que dizem especialistas. Pesquisas apontam queda nas mortes em intervenções policiais quando há uso do equipamento no uniforme dos agentes. Há pontos importantes em discussão, como a forma em que as gravações são armazenadas, a supervisão dos agentes e de suas condutas e as regras de acesso às imagens" - (Conectas, 2024)

Não podemos compactuar com a violência e o racismo estrutural. O povo não suporta mais. Que a corregedoria apure a fundo. Há infinitas formas de fazer busca e apreensão sem matar e para a pessoa certa. A busca nem era para o Mestre... Meu Deus!

Espero que os advogados do movimento negro da Bahia e do Brasil se interessem pelo caso, porque é assustador... Não deixemos ser apenas mais um número da fatalidade.

Triste Bahia... de meu Deus.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Faleceu em Salvador, o guardião da Capoeira, Mestre Pelé da Bomba (Gogô de Ouro)

Salvador - Bahia - O Mestre de Capoeira Angola, Pelé da Bomba virou estrelinha lá no céu. 


"Contemporâneo de outras lendas do esporte, Pelé da Bomba também fez parte do grupo folclórico Viva Bahia, dirigido por dona Emília Biancardi. A partir de 1959, deu aulas de capoeira a agentes militares: do exército, do corpo de bombeiros e também da polícia militar. " (Metro 1, 2024)


O Mestre iria completar esse ano 90 anos no Natal, mas infelizmente Natalício  virou estrelinha lá no céu e nos deixou com uma gama de legados (ensinamentos da capoeira angola, ética do bom capoeira, CDs/ DVD e muito mais).



 


Natalício Neves da Silva, reconhecido como Mestre Pelé da Bomba, uma das maiores figuras da capoeira no Brasil, faleceu na manhã deste domingo, 28 de Outubro de 2024, aos 89 anos. Nascido em 1934, na cidade de Governador Mangabeira, no Recôncavo baiano, Mestre Pelé iniciou seu percurso na capoeira na infância aos 12 anos.

Ele foi nomeado Mestre de Capoeira Angola aos 24 anos. Durante sua trajetória, atuou como instrutor de capoeira, cantador e produziu três CDs e um DVD. Em 2010, publicou o livro "O Pelé da Capoeira". Mestre Pelé também fez parte do grupo folclórico Viva Bahia, liderado por Dona Emília Biancardi, e presidiu a Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA) - Pelourinho, onde recentemente colaborava no conselho.

Foram 77 anos dedicado a Capoeira e tudo que envolve a capoeira Angola. Uma separação muito difícil, mas que compreendemos a força do seu legado.

A gente nem acredita ainda no ocorrido... 

Meus sentimos aos familiares, íntimos, amigos e conhecidos do Mestre Pelé da Bomba.

um guardião, que nos proporcionou um legado robusto sobre a cultura e a Capoeira Angola, Amizades doces e alegria.

Quem o ouviu cantar: sabe como o gogô de ouro, nos encantava, fazia nos arrepiar com tantas boas energias, foi um Mestre Completo e bem querido.

O velório aconteceu no cemitério Bosque da Paz (Nova Brasília, Salvador) no domingo dia 27 de outubro e o sepultamento foi às 16h.

Que os Anjos do Senhor e as Entidades Divinas da Verdade receba-o com muito carinho e amor.


Referências

Metro 1, Portal - Morre o Mestre Pelé da Bomba - 2024. Salvador, BA. Acessado em <https://www.metro1.com.br/noticias/cultura/156974,morre-o-mestre-pele-da-bomba-referencia-na-capoeira-em-salvador-aos-90-anos>

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Como é feito um Pandeiro? | Curiosidades e Origem

Origem - Pandeiro





O pandeiro é um instrumento musical de percussão de origem antiga, com raízes que remontam a diferentes culturas ao redor do mundo. Aqui estão algumas informações sobre a origem e a evolução do pandeiro:




1. Origens Antigas: O pandeiro tem uma história que remonta à Antiguidade. Há evidências de instrumentos semelhantes sendo usados em diversas culturas ao redor do Mediterrâneo e do Oriente Médio desde tempos pré-romanos e babilônicos. Na Grécia Antiga, por exemplo, existiam instrumentos de percussão semelhantes, como o "tympanon".


2. Chegada à Península Ibérica: Durante a expansão árabe-muçulmana na Península Ibérica (séculos VIII a XV), o pandeiro foi introduzido na região pelos mouros. Ele era conhecido como "def" ou "duff" e fez parte da música tradicional e popular da Península Ibérica.


3. Adaptação na Península Ibérica: O pandeiro árabe-muçulmano foi adaptado e integrado à cultura ibérica, especialmente durante a Idade Média. A partir daí, o instrumento se espalhou por toda a Europa.


4. Desenvolvimento na Cultura Brasileira: No Brasil, o pandeiro foi introduzido durante o período colonial pelos colonizadores portugueses. Ele se tornou um instrumento fundamental na música popular brasileira, especialmente na música folclórica, no samba, no choro e em várias outras formas de música tradicional e urbana.


5. Características e Evolução: O pandeiro é caracterizado por seu corpo circular, geralmente feito de madeira, com pele esticada (tradicionalmente couro de cabra) e platinelas metálicas que produzem um som característico de batida e rotação. Ao longo dos séculos, o design e a construção do pandeiro evoluíram, adaptando-se às preferências musicais e técnicas de diferentes culturas ao redor do mundo.

Assim, o pandeiro é um instrumento que atravessa fronteiras culturais e geográficas, desempenhando papéis significativos na música e na cultura de várias civilizações ao longo da história.


Como é feito um Pandeiro?

A fabricação de um pandeiro de couro envolve várias etapas que combinam habilidade artesanal e conhecimento dos materiais. Aqui está um resumo do processo:

  1. Seleção dos Materiais:

    • Aro: Pode ser feito de madeira (como mogno ou pau-marfim) ou metal.
    • Couro: Geralmente de cabra, mas pode ser de outros animais, como vaca ou ovelha.
    • Platinelas: Peças metálicas que produzem o som característico do pandeiro.
  2. Preparação do Aro:

    • Corte: O aro é cortado no tamanho adequado, geralmente com um diâmetro de 10 a 12 polegadas.
    • Lixamento: As bordas e a superfície do aro são lixadas para evitar farpas e melhorar o acabamento.
    • Furação: Furos são feitos no aro para a inserção das platinelas e para a fixação do couro.
  3. Preparação do Couro:

    • Limpeza e Amaciamento: O couro é limpo e amaciado, muitas vezes sendo mergulhado em água para tornar-se flexível.
    • Corte: O couro é cortado em um círculo um pouco maior que o diâmetro do aro.
  4. Montagem:

    • Fixação do Couro: O couro úmido é esticado sobre o aro e preso com tachinhas ou pregos pequenos. Conforme seca, o couro encolhe, ajustando-se firmemente ao aro.
    • Ajuste das Platinelas: As platinelas são inseridas nos furos feitos no aro. Elas são fixadas de forma que possam vibrar livremente.
  5. Acabamento:

    • Pintura ou Verniz: O aro pode ser pintado ou envernizado para proteção e estética.
    • Secagem e Ajustes Finais: O pandeiro é deixado para secar completamente. Depois, ajustes finais são feitos para garantir que o couro esteja bem esticado e que as platinelas estejam bem posicionadas.
  6. Testes:

    • O pandeiro é testado para garantir a qualidade do som. Ajustes finais podem ser feitos para otimizar o timbre e a afinação. 
    • Teste o pandeiro tocando-o para ajustar a tensão da pele ou o posicionamento das platinelas, se necessário, para obter o som desejado.

Esse processo pode variar um pouco dependendo do fabricante ou das técnicas artesanais específicas, mas, em geral, esses são os passos básicos para a construção de um pandeiro de couro.



Livros e Estudos Acadêmicos:

  • "The Frame Drum in the Mediterranean: History, Development, and Iconography" por Tina Negus (disponível em inglês).
  • "A Música no Mundo Antigo: Gregos e Romanos" por Carlos A. Martins.
  • "A Música na Grécia Antiga" por Luiz Fernando Ribeiro de Souza.

Livro de Capoeira | Capoeira E Escola, De Radicchi Rocha

Sugestão para você, Camaradinho e Camaradinha.

Tenho uma boa leitura sobre Capoeira (Educação & Capoeira)

"Capoeira e Escola", de Radicchi Rocha, publicado pela Editora Fontoura, é uma obra que investiga a integração da capoeira no ambiente escolar, explorando seu potencial educativo e social. O livro, com capa mole em português, oferece uma visão abrangente sobre como essa prática cultural e esportiva pode ser incorporada ao currículo escolar para promover o desenvolvimento físico, emocional e social dos estudantes.



Rocha apresenta a capoeira não apenas como uma atividade física, mas como uma ferramenta pedagógica capaz de enriquecer o processo educativo. Ele discute a história e a filosofia da capoeira, destacando seus valores de resistência, cooperação e respeito, e como esses princípios podem ser aplicados no contexto escolar para incentivar a inclusão, a disciplina e a autoestima dos alunos.

O autor também aborda os desafios e as resistências encontradas na implementação da capoeira nas escolas, oferecendo estratégias e exemplos práticos para superar essas barreiras. A obra enfatiza a importância de capacitar professores e educadores para que possam utilizar a capoeira de maneira eficaz e significativa em suas práticas pedagógicas.

"Capoeira e Escola" é um recurso valioso para educadores, capoeiristas e pesquisadores interessados em explorar novas metodologias de ensino e promover uma educação mais inclusiva e integral através da capoeira.


Saiba Mais: Capoeira E Escola

Outros Livros sobre Capoeira (Relacionados)


Livros de Capoeira | Livro Mulheres Que Gingam: Reflexões Sobre As Relações De Gênero Na Capoeira

Sugestão para você, Camaradinho e Camaradinha.

Tenho uma boa leitura sobre Capoeira (Mulheres)

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Mulheres Que Gingam: Reflexões Sobre As Relações De Gênero Na Capoeira", escrito por Janja Araújo, Renata De Lima Silva e Elizia Cristina Ferreira, é uma obra que explora as dinâmicas de gênero dentro do universo da capoeira. Publicado pela Editora Appris em 2022, este livro de capa mole em português lança um olhar crítico e reflexivo sobre a presença e a participação das mulheres na capoeira, uma prática cultural e esportiva tradicionalmente dominada por homens.



Os autores, com vasta experiência e conhecimento tanto na prática da capoeira quanto nos estudos acadêmicos sobre gênero, investigam como as mulheres se inserem e se destacam nesse ambiente. Eles discutem os desafios enfrentados pelas mulheres, desde a falta de representatividade até as barreiras impostas pelo machismo e pelas expectativas sociais.


A obra se destaca por seu enfoque interdisciplinar, combinando teorias de gênero com relatos pessoais e análises socioculturais. Janja Araújo, Renata De Lima Silva e Elizia Cristina Ferreira utilizam suas próprias experiências e pesquisas para enriquecer a discussão, oferecendo uma perspectiva única e valiosa sobre a contribuição das mulheres para a capoeira.


"Mulheres Que Gingam" não é apenas uma análise acadêmica, mas também um chamado à ação para a inclusão e a igualdade de gênero dentro da capoeira. Através de histórias inspiradoras e reflexões profundas, o livro celebra as conquistas das mulheres capoeiristas e propõe caminhos para um futuro mais inclusivo e equitativo na capoeira. É uma leitura essencial para capoeiristas, estudiosos de gênero e todos que se interessam por questões de igualdade e justiça social.


Saiba mais: Mulheres que Gingam

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